domingo, 1 de maio de 2011

Superação

“Aprendi que não se deve medir o sucesso pela posição que uma pessoa alcançou na vida, mas, pelos obstáculos que ela teve de superar, enquanto tentava ser bem sucedida”
Aos que buscam o sucesso, um recado: sucesso, segundo alguns especialistas, significa, acontecimento, fato, resultado feliz, – isso, se focarmos apenas a posição alcançada pela pessoa. Mas, fazendo uma reflexão mais acurada, percebemos que o verdadeiro sucesso implica em experiência, vivência, visão global e não unilateral de um trajeto; um perfil delineado pelo sabor do conhecimento.

Que mais importa: ter um título; exemplificando: “bacharelado, mestrado”, sem a devida bagagem que compõe esse bloco da trilha acadêmica, ou ter a bagagem essencial dessa formatura e em conseqüência, ser realmente mestre? – é claro, tendo cumprido todas as fazes e requisitos para tal. As facilidades do contexto moderno têm degenerado as qualidades da busca, da caminhada de, A a B, pois os desvios tem afastado aqueles que concorrem ou almejam o sucesso acadêmico.

Uma constatação dessa verdade apóia-se nos noticiários de TV, quando expõem sem desvios, os níveis de vestibulares realizados no país. Os obstáculos contribuem para formação, amadurecimento e fortalecimento daqueles que conseguem superá-los. Superação é a palavra chave, quando temos um alvo e tencionamos alcançá-lo.

Aqueles que não conseguem superar os obstáculos estão fadados ao fracasso, pois lhes falta criatividade na busca de soluções, ante as muralhas de Jericó, usando uma linguagem figurada.
Enfim, “As pessoas vivem culpando as circunstâncias pelo que elas são. Não acredito em circunstância. Vence neste mundo quem sai à procura das circunstâncias de que precisa, e quando não as encontra, as cria”.

Em 1870, nascia um menino em Boon (Alemanha). Um menino que nos legaria um dos mais brilhantes testemunhos de superação. Esse menino, de infância complicada, pois o seu pai era um alcoólatra e segundo os biógrafos, o maltratava sempre.

Começou, ele, a estudar música com muita dificuldade, pois, não descendia de uma família rica. Aos vinte e dois anos perde a sua mãe, único bem, pois, o seu pai era um brutamontes em potencial. Embora seu pai desejasse essa carreira para ele, tinha em si, interesses egoístas, financeiros. Aos trinta anos, uma doença o levou à surdez plena. Nada mais ouvia. Essa etapa dolorosa de sua vida, não o intimidou, embora alguns biógrafos tenham escrito que ele nessa fase, pensara em suicídio.

A surdez que impediria qualquer ser humano de trabalhar com sons, em vez de condená-lo ao silêncio, fez de seus dez últimos anos, os mais revolucionários da história da música.
A nona sinfonia, os últimos quartetos de cordas e as derradeiras sonatas para piano, foram escritos por um homem que jamais as ouviu. E, no entanto, tais obras praticamente ditaram os termos em que se desenvolveria a arte musical dali em diante. Esse homem foi Beethoven.
Que maravilhoso e estupendo exemplo de superação.


Prof. Raimundo Nonato

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Querido prof. Raimundo, obrigada pela belíssima contribuição!

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